domingo, 23 de fevereiro de 2014

Vc é a favor da liberação da maconha? Leia essa materia.

UM BATALHÃO DE JOVENS INTERDITADOS

ZERO HORA 08 de maio de 2013 | N° 17426

Afif Simões Neto*


Sou juiz de Direito em uma das Varas de Família e Sucessões de Santa Maria. São duas ao todo. Na que trabalho, devem circular perto de 3 mil processos. Desses, uns 200 são de interdição. Para quem não sabe, alguém é interditado quando, com mais de 18 anos, perdeu a capacidade mental para a prática de atos da vida civil, por qualquer um dos motivos indicados pela lei. Decretada a interdição, será nomeado curador para a proteção da pessoa e dos bens do interdito, que, por exemplo, não pode casar-se, assinar contratos, abrir uma conta bancária, uma sapataria, comprar uma bicicleta nem que seja. Nenhum documento assinado por ele tem validade. Vira uma coisa, pois não tem vontade própria, dependendo exclusivamente do que os outros possam fazer por ele.

Realizo as audiências de interdição em uma quarta-feira do mês, à tarde. São sempre mais de 12 processos pautados. Pois bem: dois deles, dando de barato, dizem respeito a jovens, com até 30 anos ou um pouco mais. Quando algum laudo médico acompanha a petição inicial, é certo que o CID aponta a esquizofrenia como causa para interditar, e mais certo ainda que todos eles – eu disse todos – confessam ao juiz que passaram a consumir maconha ainda na idade juvenil. O pontapé inicial da desdita foi dado, invariavelmente, pelo “inofensivo baseado” fumado na saída do colégio ou nas festinhas da turma.

Claro que indivíduos que já sofrem de esquizofrenia e apresentam histórico pessoal de consumo da erva ou outras substâncias demonstram um início mais precoce da doença do que aqueles esquizofrênicos que nunca usaram maconha ou outras drogas. Mas o que quero relatar aqui é que passou a me assustar, analisando os processos de interdição de pessoas jovens, a relação “consumo de maconha – esquizofrenia”.

Pelo que dá para ver, o uso regular da Cannabis sativa apresenta um risco potencial para o desenvolvimento de transtornos esquizofrênicos, e esse risco está diretamente relacionado com a utilização contínua do entorpecente de forma precoce. Assim, é lógico, é evidente, salta aos olhos, que a redução do uso da maconha entre os jovens poderia colaborar efetivamente na prevenção de futuros casos de esquizofrenia.

Mas aí, o que se vê, ao invés de campanhas nacionais agressivas para alertar dos riscos do consumo, são notáveis de academia – que da missa não sabem a metade – apresentando proposta para alterar o Código Penal, a fim de que a maconha seja legalizada, sob o fundamento de que sua utilização seria reduzida e que eliminaria a ação dos traficantes. Acontece que o traficante também vende crack, cocaína, heroína, ecstasy e outros tipos de drogas. Além disso, em países como Holanda, que liberaram o “bagulho”, foi comprovado que em nada diminuiu o consumo. A maconha é nociva, sim, e é a porta de entrada para uso de outras drogas, ou vocês conhecem algum craqueiro, já na finaleira da vida, que não tenha sido maconheiro antes?

Pena que as ações em Vara de Família corram em segredo de Justiça. Se não fosse assim, gostaria muito de convidar essa gente liberal, que acha o máximo liberar maconha para adolescentes, para dar uma passadinha, sem compromisso, numa quarta-feira à tarde, na 2ª Vara de Família de Santa Maria. Talvez o desespero de um pai, de uma mãe, pedindo ao juiz, pelo amor de Deus, que interdite o seu filho amado, que mais parece um zumbi fuçado pela maconha, pudesse trazê-los à realidade.

 
*JUIZ DE DIREITO

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Liberação da maconha NÂO PODEMOS TOLERAR.



Senado vai discutir proposta popular de legalização da maconha

Comissão vai avaliar sugestão que obteve apoio de mais de 20 mil pessoas.
Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pediu estudo sobre uso da droga.
Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
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Em resposta a uma proposta de iniciativa popular apresentada por meio de seu site na internet, o Senado Federal vai discutir a possibilidade de protocolar um projeto de lei que regulamente o uso recreativo, medicinal e industrial da maconha no Brasil, afirmou nesta segunda-feira (17) o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). O parlamentar do Distrito Federal será o relator da matéria na Comissão de Direitos Humanos do Senado.
A proposta de descriminalizar o uso da maconha foi protocolada virtualmente no dia 30 de janeiro por André de Oliveira Kiepper, 32 anos, morador do Rio de Janeiro, no "Portal e-Cidadania". Essa ferramenta do site do Senado é um canal para que cidadãos enviem sugestões de projetos de lei.
Em oito dias, a proposta obteve o apoio de mais de 20 mil pessoas, número que assegura o envio da sugestão para a análise da Comissão de Direitos Humanos.
Cristovam Buarque disse nesta segunda que encomendou um estudo sobre o uso da maconha à consultoria legislativa da Casa. Antes de decidir se dará prosseguimento à proposta, transformando-a em projeto de lei, o senador do PDT quer debater o assunto.
“Vamos ouvir muita gente e fazer muitos estudos e, no final, a gente chega a conclusão se deve ou não legalizar”, afirmou. “Não entro a favor, mas não entro para boicotar a proposta que tem mais de 20 mil assinaturas. Eu vou analisar”, ponderou.
saiba mais

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63 deputados a favor, 298 contra
Descriminalização
A sugestão de projeto de lei prevê a legalização do cultivo caseiro da erva, determina o registro de “clubes de auto cultivadores e o licenciamento de estabelecimentos de cultivo e de venda de maconha no atacado e no varejo. No momento em que protocolou a proposta, o autor argumentou que o “mercado não regulado” da maconha gera “violência, crimes e corrupção”.
Em dezembro, o Senado do Uruguai aprovou um projeto que regula a produção e a venda de maconha no país, medida inédita na América do Sul.
Pela nova legislação, o governo uruguaio passará a controlar e regulamentar a importação, o cultivo, colheita, distribuição e comercialização da erva. Não haverá restrição para o consumo e o acesso ao produto poderá ser feito em clubes de usuários ou em farmácias, com limite de 40 gramas.
No Brasil, apesar de não descartar a apresentação do projeto que descriminalizaria a maconha, Cristovam Buarque disse que pretende analisar se o uso da erva é a porta de entrada para outras drogas, se a legalização aumenta o consumo e se realmente existem efeitos medicinais. 
Em pronunciamento na tribuna do Senado, o parlamentar agradeceu o autor pelo envio da proposta, mas disse não saber se o resultado da sua análise vai “agradar”. Cristovam disse ainda que pretende ouvir a Igreja sobre o assunto. No entanto, assegurou que o parlamento não deve se “curvar”.
“Eu quero ver se a legalização está sintonizada com os costumes brasileiros ou se será um desrespeito ao que o brasileiro sente”, declarou o senador.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

CIGARROS MENTOLADOS

Entrevistas

Entrevista com Paula Johns - Substâncias Aditivas do Cigarro  Entrevistas - Site Antidrogas



Paula Johns, mestre em estudos de desenvolvimento internacional pela Universidade de Roskilde e diretora da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), fala sobre as substâncias aditivas do cigarro. Confira!


- Na primeira semana de maio, a área técnica da Anvisa rejeitou em primeira análise a inclusão de 140 substâncias novas aditivas ao cigarro. De acordo com sua experiência na área, quais serão os benefícios imediatos se a medida entrar em vigor?

A proibição de aditivos nos cigarros, em particular os aditivos de sabores, que disfarçam o gosto do tabaco, é uma medida de prevenção à iniciação no tabagismo importantíssima. Pesquisas demonstram que 60% dos adolescentes preferem os cigarros de sabor, em especial os mentolados. No entanto, o mercado de cigarros de sabor entre os fumantes regulares é bem pequeno no Brasil, algo em torno de 2%. Isso significa que os sabores são a porta de entrada no tabagismo. Uma vez dependentes de nicotina, a maioria dos fumantes migra para os cigarros regulares.

- Entre 2007 e 2010, o número de marcas de cigarros com sabor, cadastradas na Anvisa, cresceu de 21 para 40. Esse índice pode revelar um interesse crescente da indústria em um público jovem? Como avalia este cenário?

Esse aumento indica uma forma de inovação para aumentar a atratividade do produto. Segundo informações da Anvisa, o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a testar o lançamento de cigarros com cápsulas de mentol que podem ser acionadas. Ao que tudo indica, os resultados do teste foram um sucesso, pois esses cigarros foram lançados em vários outros países na sequencia. Mas alguns já estão proibindo esse tipo de cigarro, como por exemplo a Alemanha. Com as restrições ao fumo em ambientes fechados, a crescente restrição da publicidade, promoção e patrocínio, é natural que a indústria tenha que buscar novas maneiras de promoção. Temos depoimentos de muitos jovens que começaram a fumar com os cigarros de sabor e mais recentemente adolescentes declarando que tiveram curiosidade de experimentar o tal cigarro que muda de sabor com um clique.

- Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que 45% dos fumantes de 13 a 15 anos consomem cigarros com sabor. Em sua opinião, a proibição dos aditivos resultaria em uma significativa redução no número de jovens fumantes? O que mais pode ser feito?

Certamente a proibição dos aditivos de sabores, dificultará a experimentação, pois o gosto ruim ficará mais evidente sem os artifícios que os mascaram e diminuiria o apelo do produto. Isso deve ser adotado em conjunto com outras medidas de prevenção, como a proibição total da publicidade, promoção e patrocínio de produtos de tabaco. Como a embalagem também é propaganda, seria importante adotar embalagens genéricas, como já aconteceu na Austrália e está em vias de acontecer na Irlanda.

- Outro fato bastante discutido com relação ao público jovem é a publicidade no ponto de venda, e o posicionamento estratégico do produto perto de doces, por exemplo. Qual sua opinião o a respeito?

O nosso posicionamento é de que isso tem que acabar, os cigarros deveriam ser vendidos embaixo do balcão e deveríamos adotar embalagens genéricas. Hoje temos mais de 500 mil pontos de venda no país. Quando vamos à padaria, à banca de jornal, ao bar, ao mercado, sempre nos deparamos com os cigarros expostos no ponto mais privilegiado, no caixa, que é o local que coloca três elementos que induzem ao consumo no mesmo local: o produto, o dinheiro e o impulso do consumidor. Além disso, estão sempre posicionados ao lado de outros produtos que atraem os jovens. Mas enquanto não temos ferramentas que permitam que acabemos com isso de vez, o mínimo exigido no momento é a regulamentação de Lei sancionada em dezembro de 2011, que proíbe a publicidade no ponto de venda, mas que ainda não foi regulamentada.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

PARE DE BEBER


                                                                   QUER PARAR DE BEBER


Hoje você está sendo convidado a conhecer um Portal (www.bebermenos.org.br) desenvolvido pela equipe da UDED-UNIFESP em parceria com a Organização Mundial da Saúde especialmente a quem pretende reduzir o consumo de álcool. Esta é uma iniciativa pioneira no Brasil.
Cadastrando-se no site, o usuário possui acesso irrestrito aos seguintes serviços:

Conhecer melhor seu consumo e receber um feedback personalizado;
Descobrir se possui risco de ter problemas de saúde devido à bebida;
Avaliar o quanto está motivado para mudar seu padrão de consumo;
Definir metas semanais para reduzir o consumo;
Acompanhar seu progresso (semanal e mensal) por meio de diversos gráficos
Visualizar os momentos do dia em que mais bebe e quais os sentimentos que surgem antes e depois do consumo;
O usuário pode preencher um diário virtual e descobrir mais sobre seu consumo de álcool;
Aprender novas estratégias para lidar com a fissura e com situações de risco para beber;

Para mais detalhes, por favor acesse nosso vídeo de demonstração: https://www.informalcool.org.br/bebermenos/demonstracao

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Seminário na EMATER de Italva

Aconteceu ontem dia 18 de agosto na EMATER RIO DE ITALVA o 1º Seminário de Enfrentamento às Drogas. O objetivo é fazer com que todos se mobilizem e entre nessa luta. È necessário que as autoridades presentes se comprometam com toda a população e percebam a importância de ter alguém que possa estar junto aos jovens desenvolvendo um trabalho de conscientização sobre esse grande mal: "Drogas". Sabemos que a luta é grande, mas é possível vencer.
Leiam abaixo a reportagem do Italva em Foco.

ITALVENSES PARTICIPAM DE SEMINÁRIO DE ENFRENTAMENTO ÀS DROGAS

Josival Barbosa abriu o evento
     Aconteceu na manhã deste domingo, 18/08, na Emater em Italva, o Primeiro Seminário de Conscientização ao Enfrentamento às Drogas. O importante evento recebeu professores, estudantes, empresários, políticos, lideranças comunitárias, as polícias militar e civil e líderes religiosos, que juntos puderam compartilhar idéias e a importância de se criar uma política de ação e combate ao uso das drogas em Italva. Logo no início o Sub-Tenente Pedro Rangel, Comandante da 4ª área da PM Italva-Cardoso Moreira, apresentou dados de apreensões de entorpecentes em Italva e Cardoso Moreira no 1º semestre de 2013.

Tadeu de Assis do Grupo Arca
A palestra do encontro foi presidida pelo Consultor e Assessor na área de dependência química Tadeu de Assis, que apresentou formas de se combater o problema em todos os níveis, desde um usuário casual ao dependente. A equipe da Comissão de Combate as Drogas de Italva, organizadora do evento, afirmou que o seminário é apenas o começo de uma luta que precisa da participação de todos. Fotos: Foto Gilmar

Professoras deram seu recado
A PM apresentou estatísticas